terça-feira, junho 02, 2009

DR. GIBBS


Olá Amigos!


A história abaixo é linda! Vale a pena ler.



DESENVOLVENDO RAÍZES!
PHILIP GULLEY


Quando eu era criança, tive um vizinho, um senhor idoso, que se chamava Dr. Gibbs.

Ele não se parecia com nenhum médico que eu conhecia.
Todas as vezes que eu o via, ele estava usando um, sobretudo de algodão e um chapéu de palha com aba frontal de plástico verde para proteger os olhos dos raios do sol.

Ele sorria muito, um sorriso que combinava com seu chapéu - velho, enrugado e surrado.

Nunca gritava conosco quando brincávamos em seu quintal. Eu me lembro dele como uma pessoa muito mais bondosa do que as circunstâncias permitiam.

Quando não estava salvando vidas, o Dr. Gibbs estava plantando árvores.
Sua casa localizava-se numa área de 40.000 m2, e seu objetivo de vida era transformar essa área numa floresta,

O bom médico tinha algumas teorias interessantes sobre a agricultura. Ele estudara na escola de horticultura, onde "não há lucro sem suor.
Nunca regava suas árvores novas, uma norma incompatível com a sabedoria convencional.

Certa vez, eu lhe perguntei por que ele fazia uso dessa regra. Ele disse que regar as plantas causa problemas para elas e, dependendo da maneira como são regadas, as gerações posteriores vão ficando cada vez mais fracas.

Assim, é necessário dificultar as coisas para as plantas e arrancar as ervas daninhas das árvores tenras".

Ele dizia que as árvores regadas ficam com as raízes rasas, e as que não são regadas precisam aprofundar suas raízes à procura de umidade. Eu deduzi que as raízes profundas são muito mais preciosas.

Portanto, ele nunca regava as árvores. Plantou um carvalho e, em vez de regá-lo todas as manhãs, ele o golpeava com um jornal dobrado. Pá! Pá! Pá! Eu quis saber por que ele fazia aquilo, e ele me disse que era para chamar a atenção da árvore.

O Dr. Gibbs foi morar no céu há dois anos, depois que saí de casa para estudar. De vez em quando, passo por sua casa e olho para as arvores que eu o vi plantar há uns 25 anos. Elas estão fortes como pedras. Grandes e robustas. Aquelas árvores acordam de manhã, batem no peito e erguem um brinde à vida.

Há dois anos, plantei duas árvores. Reguei-as durante todo o verão. Borrifei-as com água. Orei por elas. Dois anos de cuidados resultaram em árvores que esperam receber tudo de graça, sem o mínimo esforço. Sempre que um vento forte sopra, elas tremem e sacodem os galhos. Frágeis árvores!

Muito interessantes aquelas árvores do Dr. Gibbs! A adversidade a privação pareciam lhes proporcionar muito mais benefícios do que facilidade e o conforto lhes trariam.

Todas as noites, antes de me deitar, eu passo pelo quarto de meus filhos. Paro perto deles e observo seus pequenos corpos respirando vida. Costumo orar por eles. Quase sempre, peço que a vida deles seja fácil. Senhor, livra-os de problemas. Porém, ultimamente, tenho pensado que é tempo de mudar minha oração.

E isso tem a ver com os ventos frios inevitáveis que açoita o nosso intimo. Sei que meus filhos vão encontrar problemas pela frente. E para que eles não sofram é ingenuidade de minha parte. Haverá sempre um vento frio soprando em algum lugar.

Portanto, estou modificando minha oração rotineira. Porque a vida é difícil, independentemente de querermos ou não. De agora em diante, vou orar para que as raízes de meus filhos se aprofundem, de nodo que eles extraiam força dos recursos ocultos do Deus Eterno.

Muitas vezes, oramos pedindo por facilidade; mas essa é uma oração raramente atendida. O que precisamos fazer é orar para ter raízes que se aprofundem no Deus Eterno, para que as chuvas e os ventos fortes não nos levem de roldão.
Beijos Mil!

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